terça-feira, 24 de abril de 2012

VI ENCONTRO DE CERAMISTAS DE PARATY

Conforme já havíamos anunciado anteriormente, o GRUPO IANDÉ, esteve em Paraty, participando do VI Encontro de Ceramistas de Paraty, cujo idealizador e organizador é o ceramista paratiense Dalcir Ramiro. O evento contou com uma exposição,sob curadoria do ceramista Alberto Cidraes de Cunha, com uma sala exclusiva para  trabalhos da  ceramista Shoko Suzuki, que foi especialmente homenageada, outra sala com ceramistas de outros estados e países e uma sala especial para ceramistas paratienses. Megumi Yuasa foi um dos ceramistas convidados, com a obra abaixo:.


A cidade de Paraty tem sempre uma magia e um encanto natural com seu casario, suas igrejas, os bares e restaurantes, o povo na praça, as procissões religiosas, os barcos, o mar e a maré cheia que invade as ruas....


A Feira aconteceu em uma grande tenda em frente à Igreja de Santa Rita e contou com a participação de ceramistas de vários estados brasileiros, bem como de outros países. Havia ainda a participação de índios do Xingú. Por toda a cidade havia uma decoração alusiva ao evento. Foi um ótimo momento de encontro e troca de informações entre os ceramistas de diversas localidades, além do público local e dos turistas que por lá circulavam.  Nessa tenda ocorreram também palestras e oficinas.



Além do Megumi ter participado da exposição como artista convidado, o GRUPO IANDÉ, foi convidado a participar com  um box na feira. Levamos  algumas pequenas peças de cerâmica para vender, porque essa era uma das principais finalidades da feira, mas nosso principal objetivo foi o de  divulgar as atividades do grupo e discutir temas relativos aos rumos da arte e da cerâmica no Brasil, em especial do núcleo Paraty/Cunha/Caraguatatuba, ali representado.


Além das vendas, das muitas conversas sobre o IANDÉ e muitos outros assuntos, no nosso box havia um "CADÁVER ESQUISITO" que ia sendo feito pelos visitantes da feira.

Essa técnica foi adoptada por artistas surrealistas para provocar a livre associação de imagens fora do contexto habitual. Trata-se de um jogo gráfico sobre papel dobrado (no nosso caso enrolado). Consiste na realização de um desenho colectivo, sem que nenhum dos participantes saiba o que fizeram os outros, aproveitando apenas os traços de ligação (pistas) deixados a mostra ao enrolar o papel. Ao desenrolar tudo no final, verifica-se, com surpresa, a relação inesperada entre as figuras desenhadas resultando em uma obra coletiva.

Inventamos uma "máquina" de fazer Cadáver Esquisito. Uma caixa preta, dentro da qual íamos enrolando uma longa tira de papel kraft. Propunhamos o tema "O Duplo" podendo ser qualquer coisa que o participante entendesse como tal e sugeríamos que se fisesse algo rápido sem muita elaboração mental. No final, quem participasse preenchia uma ficha e concorria ao sorteio de uma peça de cerâmica.

O ponto alto disso tudo, foi que a atividade atraiu crianças de idades variadas, que vieram espontâneamente participar, mas que ficavam com desejo de desenhar mais. Tivemos que improvisar uma oficina, estendendo um Combinamos e organizamos outra oficina à tarde e foi maravilhoso observar como as crianças podem ser tão espontâneas e criativas. É só dar a elas oportunidade de se expressarem.

Ah, ainda tinham as conversas nos almoços, nos intermináveis cafés da manhã e à noite nos bares de Paraty.

Valeu a pena!

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